quarta-feira, 17 de abril de 2019

RIO TÂMEGA - AMARANTE: Barragem de Fridão passou à história







RIO TÂMEGA - AMARANTE

Barragem de Fridão passou à história


Crédito da foto: Burt Kaufmann on VisualHunt

Teria sido um enorme erro ambiental, um risco brutal para as populações e um investimento injustificado. A construção da barragem do Fridão, no rio Tâmega, esteve prevista no Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico, de 2007. 

Foi suspensa no início da atual Legislatura e, finalmente, foi anunciado publicamente pelo Ministro do Ambiente, na reunião da respetiva Comissão Parlamentar, que ” o Governo não encontrou razão para contrariar a vontade da EDP e não encontra motivo para que a barragem do Fridão seja construída”, apesar de o acordo não estar ainda firmado com a EDP.

A importante mobilização dos movimentos ambientalistas e da população de Amarante contra a construção da barragem assentou no risco de um desastre de proporções dramáticas em caso de rutura da barragem. 

Apenas a 8 km a montante de Amarante (na foto) e a uma cota superior à da própria cidade, a onda de cheia submergiria Amarante em poucos minutos, sem qualquer possibilidade de salvamento das populações.

Ambientalmente seria um absurdo, com agravamento da qualidade da água e da artificialização do Tâmega. Em termos económicos não tinha fundamento, sendo a própria EDP a considerar que tinha perdido o interesse no empreendimento. 

A geração elétrica tem fontes alternativas mais baratas e com menores riscos e impactes ambientais do que a hídrica. Apesar disso, a EDP diz não abdicar dos 218 milhões de euros que pagou em 2009, pela licença de exploração da barragem durante 75 anos.

A decisão de não construir esta barragem é correta e constitui uma merecida vitória de quem nunca desistiu de defender a segurança das populações, a paisagem e o ambiente.

 in Via Esquerda - 17 de Abril de 2019

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