terça-feira, 16 de abril de 2019

PNBEPH - VILA POUCA DE AGUIAR: Obrigados a percorrer 30 quilómetros para passar o rio


 




PNBEPH - VILA POUCA DE AGUIAR
Obrigados a percorrer 30 quilómetros para passar o rio

Construção de barragem do Alto Tâmega poderá destruir o pontão que une as aldeias de Sobradelo e Capeludos.


O pontão de cimento que une as aldeias de Sobradelo, Boticas, e Capeludos, Vila Pouca de Aguiar, poderá desaparecer com a construção da barragem do Alto Tâmega, o que tem levado à revolta das populações. 

António José Machado, presidente da Junta de Capeludos, indica que, sem a passagem, será preciso percorrer 60 quilómetros para ir de uma aldeia à outra e voltar.


Já foi pedido à Iberdrola (concessionária) um estudo sobre a utilização do acesso e, agora, terá de ser a Agência Portuguesa do Ambiente a pronunciar-se.

"O pontão faz-nos falta como pão para a boca", diz Maria da Conceição Silva, de 75 anos, residente em Sobradelo e que tem duas filhas casadas e terrenos a dois quilómetros, do outro lado do rio, já em Vila Pouca.

Há cerca de 20 anos, as autarquias dos dois lados construíram o pontão, por onde passam veículos. "Se estamos atrasados e se nos tirarem isto, mais atrasados ficamos", refere Mário Muta Granja, de 66 anos, que ajudou a construir a travessia.

Alberto Machado, presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, diz que "houve um lapso" porque a passagem não está expressa na Declaração de Impacte Ambiental, pelo que não há obrigação de reposição.



O autarca defende que "ainda há tempo" para corrigir o erro e diz que a questão já foi exposta à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e à Agência do Ambiente.

Também a ponte pedonal em arame entre Veral, em Boticas, e Monteiros, Vila Pouca de Aguiar, deverá desaparecer.

A Iberdrola terá de a recolocar num outro local, sem que tenha de servir de ligação entre as duas aldeias.

Manuel Jorge Bento, in Correio da Manhã - 16 de Abril de 2019

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