domingo, 22 de março de 2020

TÂMEGA - COVID: AUTARQUIA DE RIBEIRA DE PENA QUER A SUSPENSÃO DAS OBRAS NAS BARRAGENS DO TÂMEGA






TÂMEGA - COVID19
AUTARQUIA DE RIBEIRA DE PENA QUER A SUSPENSÃO DAS OBRAS NAS BARRAGENS DO TÂMEGA



O município de Ribeira de Pena pediu a suspensão dos trabalhos nas barragens do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, da empresa Iberdrola, e a adoção de medidas para evitar a importação de possíveis casos de Covid-19 de Espanha e o contágio a outros trabalhadores da obra.

Em reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil, realizada no dia 16 de março, o delegado de saúde Gustavo Martins Coelho referiu que esta situação também era uma fonte de preocupação para a Unidade de Saúde Pública do ACES do Alto Tâmega e Barroso e que estavam em contacto com a Iberdrola e a fazer uma vigilância ativa de sintomas epidemiológicos dos trabalhadores das barragens.
Apesar de ainda não se ter verificado qualquer caso suspeito em Ribeira de Pena junto de trabalhadores das barragens, o município já manifestou essa preocupação junto do Governo (Ministérios da Administração Interna e da Saúde), da Direção-Geral da Saúde e de outras entidades estatais com competência na matéria solicitando a adoção de medidas urgentes para resolver esta situação.
Desde 20 de março, por determinação das Autoridades de Saúde, todas as pessoas provenientes do estrangeiro ou das regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo que se desloquem para o concelho de Ribeira de Pena devem, pelo período de 14 dias, cumprir isolamento profilático domiciliário obrigatório.
O município já solicitou às entidades fiscalizadoras competentes ações regulares de controlo, a fim de verificar o respeito do isolamento profilático obrigatório determinado pelas autoridades de saúde.
A autarquia pede ainda à população para estar igualmente “atenta e vigilante a esta situação e, sem quaisquer ações de alarmismo social infundado, sinalizar, junto das entidades fiscalizadoras, potenciais casos de incumprimento do isolamento profilático domiciliário obrigatório. Todos por todos. Pequenos gestos salvam vidas”.
in Diário Atual - 22 de Março de 2010

sexta-feira, 20 de março de 2020

ALTO TÂMEGA - BARRAGENS: Ribeira de Pena pede suspensão das obras nas barragens do Tâmega


ALTO TÂMEGA - BARRAGENS
Ribeira de Pena pede suspensão das obras nas barragens do Tâmega

O Município de Ribeira de Pena tem vindo a alertar a Iberdrola, empresa responsável pela construção do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, e apelado para a tomada de medidas rigorosas para evitar a importação de possíveis casos de COVID-19 de Espanha e o potencial contágio em obra, tendo mesmo pedido a suspensão dos trabalhos.
Em reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil, realizada no dia 16 de março, o delegado de saúde Gustavo Martins Coelho referiu que esta situação também era uma fonte de preocupação para a Unidade de Saúde Pública do ACES do Alto Tâmega e Barroso e que estavam em contacto com a Iberdrola e a fazer uma vigilância ativa de sintomas epidemiológicos dos trabalhadores das barragens.
Apesar de ainda não se ter verificado qualquer caso suspeito em Ribeira de Pena junto de trabalhadores das barragens, o Município já manifestou essa preocupação junto do Governo (Ministérios da Administração Interna e da Saúde), da Direção-Geral da Saúde e de outras entidades estatais com competência na matéria solicitando a adoção de medidas urgentes para resolver esta situação.
A partir de hoje, 20 de março, por determinação das Autoridades de Saúde, todas as pessoas provenientes do estrangeiro ou das regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo que se desloquem para a região devem, pelo período de 14 dias, cumprir isolamento profilático domiciliário obrigatório.
Entretanto, foram solicitadas às entidades fiscalizadoras competentes ações regulares de controlo, a fim de verificar o respeito do isolamento profilático obrigatório determinado pelas autoridades de saúde.
A população deve estar igualmente atenta e vigilante a esta situação e, sem quaisquer ações de alarmismo social infundado, sinalizar, junto das entidades fiscalizadoras, potenciais casos de incumprimento do isolamento profilático domiciliário obrigatório.

in Notícias de Aguiar - 20 de Março de 2020

quarta-feira, 18 de março de 2020

TÂMEGA - COVID-19: Presidente da câmara preocupado com obras nas barragens do Alto Tâmega



TÂMEGA - COVID-19

Presidente da câmara preocupado com obras nas barragens do Alto Tâmega

A Iberdrola revela que elaborou um Plano de Contingências para fazer face à gripe pandémica em linha com aquelas que são as diretrizes da Direção-Geral de Saúde, da Organização Mundial de Saúde e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

O presidente da câmara de Ribeira de Pena, João Noronha, tem vindo a alertar a Iberdrola, empresa responsável pela construção do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, e apelado para a tomada de medidas rigorosas para evitar a importação de possíveis casos de COVID-19 de Espanha e o potencial contágio em obra, tendo mesmo pedido a suspensão dos trabalhos.
(...)
Márcia Fernandes, in A Voz de Trás-os-Montes - 18 de Março de 2020

TERESA RABIÇO - NOVA PRESIDENTE DA CÂMARA DE MONDIM DE BASTO: “Ao aceitarmos um cargo político, temos o dever de estar ao serviço dos outros”





TERESA RABIÇO - NOVA PRESIDENTE DA CÂMARA DE MONDIM DE BASTO

“Ao aceitarmos um cargo político, temos o dever de estar ao serviço dos outros”


Aos 66 anos, Teresa Rabiço assume um dos grandes desafios da sua vida política, ao substituir Humberto Cerqueira na presidência da autarquia de Mondim de Basto. A professora, com um lado humano muito particular, aceitou o repto do anterior presidente com vontade de concretizar vários projetos do executivo, numa decisão que não foi fácil, mas promete falar verdade aos mondinenses.
(...)
E a barragem do Fridão? Qual é o ponto de situação? 
Neste momento, não temos nenhum documento que nos garanta se a barragem vai ser ou não construída. Vamos aguardar e ver o que acontece.
(...)
 Teresa Rabiço
 Profissão Professora
 Idade 66 anos
 Filhos Três 
 Naturalidade Campeã, Vila Real

 
Márcia Fernandes, in A Voz de Trás-os-Montes - 18 de Março de 2020

terça-feira, 17 de março de 2020

BACIA DO DOURO - RISCO DE CHEIAS: É a norte que reside o maior risco de cheias com consequências que podem ser trágicas








BACIA DO DOURO - RISCO DE CHEIAS

É a norte que reside o maior risco de cheias com consequências que podem ser trágicas


Os municípios portugueses com maior risco de cheias situam-se em localidades situadas entre os rios Douro, Tâmega e Sousa, de acordo com um estudo que identifica os factores de perigosidade e a probabilidade de ocorrência de inundações com forte impacto na população. Vila Nova de Gaia e Gondomar, no distrito do Porto, estão entre os municípios com maiores riscos.
Esta avaliação foi feita no âmbito do projecto Forland, numa análise aos 278 municípios do Continente, relativamente a dados do período entre 2016 e 2019, numa iniciativa que resulta da parceria entre investigadores do Centro de Estudos Geográficos (CEG) e do Instituto Dom Luiz da Universidade de Lisboa, do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra e da Direcção-Geral do Território (DGT).
Índice de Risco de Cheias calculado por estes investigadores e divulgado pelo Público aponta que Gondomar e Marco de Canaveses, municípios do distrito do Porto, são os que maiores riscos correm, onde as inundações podem ter consequências trágicas para as populações locais. Seguem-se Murtosa, Castelo de Paiva, Cinfães, Celorico de Basto, Estarreja, Vila Nova de Gaia, Lousada e Vizela.
Estas conclusões colocam a zona entre os rios Douro, Tâmega e Sousa como a mais afectada.
O Índice de Risco de Cheias tem em conta os factores de “perigosidade, exposição e vulnerabilidade”, como explica a coordenadora do projecto de investigação, Susana Pereira, do CEG, ao Público.
perigosidade respeita não apenas à “probabilidade espacial e temporal da ocorrência das cheias”, em função do histórico apresentado por cada município, mas também os riscos associados à “presença de população e de actividades económicas que podem ser afectadas”, bem como “as características dos indivíduos – como idade, nível de instrução, condição económicas” e os “meios locais de resposta a situações de catástrofe”, como explica Susana Pereira.
“Daí que haja municípios exactamente com o mesmo valor de índice de risco, mas a força motriz pode ser diferente”, sublinha a investigadora dando o exemplo da Golegã, na zona do Tejo, “que tem mais de 80% da sua área ameaçada por cheias”, mas que “tem menos população exposta” e onde, portanto, “a vulnerabilidade não é das mais altas”.
Susana Pereira acrescenta que “em caso de situação de emergência, é muito mais difícil dar resposta numa área urbana do litoral, mesmo tendo mais hospitais, mais ambulâncias, mais meios, porque tem também mais população para socorrer“.
O estudo não prevê eventuais efeitos das alterações climáticas que podem ter influência no Índice de Risco de Cheias, nomeadamente pelo factor “perigosidade”.
A par das previsões, os responsáveis do projecto apresentam algumas recomendações que esperam que sejam assumidas pelas autoridades, nomeadamente a “re-naturalização de encostas e leitos de cheia”, “construir diques ou barragens” e implementar “sistemas de alerta”, além de “acautelar a localização de novas construções fora das áreas perigosas”, como relata Susana Pereira ao Público.
in ZAP - 17 de Março de 2020

quarta-feira, 4 de março de 2020

IBERDROLA - BARRAGEM DE DAIVÕES: Realojamento de famílias afetadas pela barragem de Daivões deve ocorrer em março







IBERDROLA - BARRAGEM DE DAIVÕES

Realojamento de famílias afetadas pela barragem de Daivões deve ocorrer em março


Os moradores lesados pela construção da barragem de Daviões queixam-se da demora na aquisição de habitações de realojamento. A Iberdrola prevê que "as famílias sejam realojadas em março”.

Pedro Sarmento

A Iberdrola garantiu esta quarta-feira estar a fazer “todos os esforços” para que as famílias de Ribeira de Pena afetadas pela construção da barragem de Daivões sejam realojadas em março, enquanto os moradores se queixam do impasse.
Em dezembro foi anunciado o realojamento das famílias afetadas em habitações com rendas pagas pela concessionária do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), em vez de prefabricados, e ainda o pagamento de uma compensação adicional ao valor da expropriação.
Quase três meses depois, moradores que ainda esperam nas suas habitações queixam-se do impasse.
"Estou pronta para sair de casa desde meados de outubro. Fui tirando coisas de casa e agora quase estou sem nada. É viver cada vez mais triste”, afirmou Teresa Leite, de Ribeira de Baixo.
A moradia está praticamente vazia, já não tem sequer um frigorífico e a paisagem que a rodeia está devastada pelas máquinas que preparam o terreno para o enchimento da albufeira da barragem de Daivões, previsto para junho.


Teresa Leite está à espera de se mudar para um apartamento e também de poder começar a construir uma casa nova.
“O que mais quero nesta vida é uma casa. Está a custar muito deixar a minha, por isso, quanto mais depressa pudesse ter outra, melhor. Aqui não tenho condições para continuar”, frisou.
Questionada pela agência Lusa, a Iberdrola disse que, atualmente, existem seis famílias que ainda estão nas suas casas mas que, “em breve, serão realojadas noutras habitações”.
"Estão a ser feitos todos os esforços para que as famílias sejam realojadas em março”, garantiu a elétrica espanhola.
A empresa explicou que o “processo de arrendamento de casas em Ribeira de Pena atrasou devido à baixa oferta de apartamentos no município e à dificuldade na recolha de toda a documentação necessária para celebrar os contratos”.
O presidente da Câmara de Ribeira de Pena, João Noronha, referiu que são “mais aspetos mais burocráticos que têm emperrado um pouco a mudança para as habitações temporárias”, uma situação que espera que “seja ultrapassada em breve”.
Lurdes Teixeira, de Balteiro, tem também a vida arrumada em caixotes à espera de sair, mas, por enquanto, aproveita a aldeia para onde quer regressar, depois de construir casa num terreno que já comprou. “Está tudo muito atrasado. Não sei quando vai chegar a ser construído. Acima de tudo, falta o dinheiro porque o que recebi dá para fazer as fundações e pouco mais”, salientou esta moradora
Em dezembro, foi também acordado o pagamento pela Iberdrola de mais 1,4 milhões de euros de indemnização às famílias afetadas, tratando-se de uma compensação adicional para a construção de casa.
A Iberdrola disse que as “famílias que já concluíram o processo de expropriação, que inclui a definição do valor de indemnização pelos peritos, já foram informadas da compensação a que têm direito”.

Explicou ainda que as “indemnizações variam segundo as escolhas feitas por cada família em relação às novas habitações e segundo os critérios estipulados pelos especialistas”.

“Após todos os proprietários das casas comunicarem à Iberdrola as suas opções para a nova casa, e de apresentarem a documentação necessária, o processo de pagamento é imediatamente iniciado. Até agora, poucas famílias concluíram todos os processos necessários. No entanto, o processo de pagamento das compensações irá ter início brevemente”, referiu a empresa.

Ainda segundo a Iberdrola, estão, neste momento, 12 casos em tribunal devido aos processos de expropriação.

É o caso de José Manuel Silva, de Friúme, que não concordou com o valor proposto pela casa e terreno localizados junto ao rio Tâmega. Mudou-se há cerca de dois meses para uma casa que ainda não está paga, onde ainda está a fazer obras, e referiu que, até agora, ainda não recebeu nada.

O Sistema Eletrocutor do Tâmega tem impacto em 52 casas, das quais 43 situam-se em Ribeira de Pena e são afetadas pela albufeira de Daivões.

As restantes nove ficam situadas em Boticas, Chaves e Vila Pouca de Aguiar e serão atingidas pela albufeira de Alto Tâmega.

O SET, que inclui ainda a barragem de Gouvães, é um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa, nos últimos 25 anos, e representa um investimento de 1.500 milhões de euros.

No ano passado, foram “parcialmente suspensas” as obras do aproveitamento hidroelétrico de Alto Tâmega, depois de terem sido “identificadas condições geológicas no local não previstas durante a fase de estudo”.

Já em setembro, a Iberdrola rescindiu o contrato com o Agrupamento Complementar de Empresas (ACE), que juntava a Mota-Engil, a Acciona e a Edivisa e era responsável pela construção da obra de Alto Tâmega, devido “a divergências relacionadas com incumprimentos e atrasos não relacionados com a suspensão de trabalhos”.

Questionada sobre o novo consórcio, a Iberdrola disse apenas que o “processo de adjudicação encontra-se muito avançado, embora ainda não esteja fechado”.

Agência Lusa, in Observador - 4 de Março de 2010