quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

PNBEPH - Rio Tâmega: Câmara de Celorico analisa prós/contras da barragem de Fridão






PNBEPH - Rio Tâmega
Câmara de Celorico analisa prós/contras da barragem de Fridão

A Câmara Municipal de Celorico de Basto aguarda as conclusões de um estudo da Universidade do Minho sobre os impactes da barragem de Fridão, no rio Tâmega, para tomar posição sobre a matéria, disse à Lusa o presidente da câmara.

“Esta semana vai ficar pronto o estudo técnico que encomendámos a uma entidade ligada à Universidade do Minho. Só depois de o analisarmos é que o município tomará posição oficial”, explicou Joaquim Mota e Silva.

A barragem de Fridão é uma das dez que consta do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico.

O concelho de Celorico de Basto (Braga), conjuntamente com os municípios de Cabeceiras de Basto (Braga), Mondim de Basto (Vila Real) e Amarante (Porto), poderão ter vastas áreas dos seus territórios inundadas pela albufeira que vai surgir com a barragem de Fridão.

Segundo o autarca de Celorico de Basto, o estudo mandado realizar pelo seu município teve como objectivo dotar a câmara de “elementos técnicos que permitam uma tomada de posição fundamentada” face à possível construção da barragem. “Esta é uma decisão sobretudo técnica. Por isso, consideramos que, para já, é extemporâneo tomar posição. Estamos atentos e preocupados pelos impactes anunciados, mas queremos primeiro analisar o estudo independente que mandámos realizar”, observou Joaquim Mota e Silva.

O estudo, quando concluído, vai ser encaminhado para a entidade que analisará o estudo de impacte ambiental e os elementos que decorrerem do período de consulta pública.
“Acima de tudo, aquilo que faremos é analisar os prós e os contras da construção da barragem, no que diz respeito ao nosso concelho. É nisso que estamos concentrados”, explicou o autarca social democrata. “As decisões tomam-se com base na razão, com estudos precisos e rigorosos, e nunca com o coração”, acrescentou.

Segundo Joaquim Mota e Silva, “é fundamental assegurar que, relativamente às eventuais medidas compensatórias, tudo fique contratualizado, para que todos saibam qual é a responsabilidade de cada um”.

Num debate promovido em Janeiro pela câmara, o presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges, garantiu que a construção da barragem não colidirá com normativos ambientais ou de segurança. Admitiu, no entanto, que a barragem terá “impactes ambientais fortíssimos em variadíssimas áreas”, apesar das “enormes” vantagens inerentes à construção daquela infra-estrutura.

Redacção, in Correio do Minho - 11 de Fevereiro de 2010

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