quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

PNBEPH - Rio Tâmega: Barragem de Fridão: Três concelhos de Basto vão apresentar caderno compensatório comum






PNBEPH - Rio Tâmega
Barragem de Fridão: Três concelhos de Basto vão apresentar caderno compensatório comum

Os três municípios da região de Basto - Celorico (PSD), Cabeceiras (PS) e Mondim (PS) - vão avançar com um caderno comum de exigências para viabilizar a construção da barragem de Fridão, disse hoje à Lusa fonte autárquica.

Os presidentes das três autarquias - Joaquim Barreto, de Cabeceiras de Basto, Joaquim Mota e Silva, de Celorico, e Humberto Cerqueira, de Mondim, - reuniram-se na quarta-feira para concertar posições.

Segundo fonte autárquica ouvida hoje pela Lusa, na reunião de trabalho “houve um bom ambiente e entendimento” entre os três presidentes de câmara, ao ponto de se ter chegado a acordo para apresentação de uma posição comum, incluindo medidas compensatórias quanto aos impactes da construção da barragem.

Durante várias horas, os autarcas analisaram com pormenor os estudos que foram realizados pelos serviços técnicos dos três municípios, no âmbito do período de consulta pública do estudo de impacte ambiental que decorre até 15 de fevereiro.

A reunião realizou-se em Celorico de Basto e contou com a participação de técnicos das três autarquias.

A barragem de Fridão é uma das 10 que consta do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico.

O três concelhos de Basto, conjuntamente com o município de Amarante, são atraves sados pelo rio Tâmega e poderão ter vastas áreas dos seus territórios inundadas pela albufeira que vai surgir com a barragem de Fridão.

Os autarcas decidiram não anunciar para já com os pormenores da posição dos municípios face ao estudo de impacte ambiental, mas deverão fazê-lo numa conferência de imprensa a realizar dia 15, em Braga.

“Os três presidentes de câmara sabem bem do que estão a falar. Estão bem documentados e as suas posições serão sustentadas, tendo como objetivo principal defender os interesses de quem vive na região de Basto”, acrescentou a fonte.

Na terça-feira a Câmara de Amarante deliberou, por unanimidade, opor-se à construção da barragem, por considerá-la “um sacrifício demasiado elevado para os munícipes”.

Num debate promovido dia 28 de janeiro pela autarquia amarantina, o presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges, garantiu que a construção da barragem não colidirá com qualquer normativo ambiental ou de segurança.

Admitiu, no entanto, que a barragem terá “impactes ambientais fortíssimos em variadíssimas áreas”, apesar das “enormes” vantagens energéticas e ambientais inerentes à construção daquela infraestrutura.
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Lusa, in Correio do Minho - 11 de Fevereiro de 2010

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