segunda-feira, 3 de maio de 2010

Economia - A saga destruidora do Tâmega: EDP recebe luz verde para barragem de Fridão





Economia - A saga destruidora do Tâmega
EDP recebe luz verde para barragem de Fridão

É um investimento de 260 milhões de euros e deverá criar 1000 postos de trabalho.


A EDP acaba de receber a autorização para avançar com a construção de barragem de Fridão, no rio Tâmega, depois de ter recoihido uma Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável.

O aproveitamento hidroeléctrico de Fridão envolve, segundo a EDP, um investimento de 260 milhões de euros devendo a construção iniciar-se em 2011 para entrar em funcionamento em 2016. O projecto deverá gerar 1.000 postos de trabalho directos e cerca de 3.000 indirectos, precisamente ao longo dos próximos seis anos.

De acordo com a eléctrica portuguesa, a área de influência do projecto abrange os concelhos de Amarante, Mondim de Basto, Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto e Ribeira de Pena.

O aproveitamento hidroeléctrico de Fridão terá uma capacidade instalada de 238 megawatts, podendo gerar por ano 295 gigawatts de electricidade limpa e renovável. Este volume de produção evitará a emissão de cerca de 100 mil toneladas de CO2, contribuindo ainda para reduzir a importação de combustíveis fósseis.

As barragens de Fridão (no Alto Tâmega) e a de Alvito (em Castelo Branco) autorizada na semana passada, juntam-se às outras três novas barragens que a EDP tem já em desenvolvimento, duas em fase de construção (Baixo Sabor e Ribeiradio) e um em fase de licenciamento (Foz Tua). Esta última envolta em polémica por implicar o corte de uma parte da mítica linha ferroviária do Tua.

O plano de expansão de capacidade hidroeléctrica da EDP contempla ainda o reforço de potência de seis dos aproveitamentos já em operação. Deste total de 11 projectos, seis estão já em construção.

Até ao final da década, a EDP investirá em barragens cerca de 3.000 milhões de euros. No total, a EDP estima que sejam criados 30 mil postos de trabalho, entre directos e indirectos, durante a execução daquele conjunto de obras, que se irá prolongar até 2017.


Vítor Andrade (www.expresso.pt), in Expresso - 3 de Maio de 2010

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