segunda-feira, 10 de maio de 2010

ONU alerta: destruição de ecossistemas pode afectar economia





ONU alerta:
Destruição de ecossistemas pode afectar economia

Perda de biodiversidade continua a agravar-se, de acordo com relatório da ONU

A ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou um relatório, esta segunda-feira, a alertar para o facto de que as destruição de ecossistemas deve começar a afectar as economias de vários países nos próximos anos.

O Terceiro Panorama Global de Biodiversidade (Global Biodiversity Outlook ou GBO-3) refere que vários ecossistemas podem estar próximos de sofrer mudanças irreversíveis, tornando-se cada vez menos úteis à humanidade, informa a BBC.

Entre estas mudanças, estariam o desaparecimento rápido de florestas, a proliferação de algas em rios e a morte generalizada de corais.

«Muitas economias continuam cegas ao enorme valor da diversidade de animais, plantas e outras formas de vida e ao seu papel no funcionamento de ecossistemas saudáveis», afirmou o director-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner.

«A humanidade criou a ilusão de que, de alguma forma, é possível sobreviver sem biodiversidade, ou de que isso é periférico no mundo contemporâneo», acrescentou.

De acordo com a ONU, quanto maior for a degradação dos ecossistemas, maior será o risco de perda de grande parte da utilidade prática para o homem.

O relatório da ONU cita um estudo coordenado pelo Banco Mundial que afirma que se a Amazónia perder 20 por cento da cobertura original, em 2025, certas partes da floresta entrariam num ciclo de desaparecimento, agravado por problemas como mudanças climáticas e incêndios.

Na Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), cientistas afirmaram que os Governos nacionais não conseguiriam respeitar as metas de redução da perda de biodiversidade até 2010.

«Continuamos a perder biodiversidade a um ritmo nunca visto antes na História. As taxas de extinção podem estar até mil vezes acima da taxa histórica», sustentou o secretário-executivo da CBD, Ahmed Djoglaf.


Redacção / VG, in IOL - 10 de Maio de 2010

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