Mondim de Basto - Rio Tâmega versus Barragem de Fridão
Ponte do Cabril à morte pela cadei(r)a eléctrica
Do tempo em que as travessias dos rios se impunham como necessárias para a expansão e domínio dos territórios.
Do tempo em que se ia edificando património que marcou uma época - e que mais tarde veio a ser reconhecido.
Do tempo em que serviu populações para troca de bens e comércio.
Do tempo em que foi travessia nos caminhos de Santiago.
Do tempo em que, contemporaneamente, se classificou como sendo património de interesse nacional.
Do tempo em que foi fruto de vandalismo.
Do tempo em que foi esquecido o seu valor histórico e cultural.
Do tempo em que as pedras deitadas ao rio choraram e reclamaram a sua reposição.
Do tempo do acordar e da sua justa recuperação.
Do tempo em que, salva em cuidados intensivos, se vê no tempo da capitulação final - a cadei(r)a eléctrica - que está aí, a breve prazo, imposta por cima.
Não há pesar que não dê em fartura, para aqueles que livremente dizem: não, obrigado ! consideramos que não há futuro sustentável se abdicarmos daquilo que são os nossos principais valores ambientais, históricos e culturais.
Já não há quem chore os defuntos!
Nova vida, pois então!
A ponte será trasladada e reposta algures - para a humanidade ver.
Que as coisas se querem no seu lugar é crença antiga. Que foi construida naquele lugar, foi por alguma razão; que o rio - naquela parte - que ela atravessa vai morrer afogado pela água da albufeira de Fridão; que não mais será o mesmo atravessar e que museu de cadáveres já temos, obrigado! ... eu sei.
Rio, ponte, capela, moinhos, açudes,... são património dos filhos da terra. Neste jogo entre espadas e copas houve muita batota. E além disso, nem tudo tem preço - ou não devia ter.
Para o futuro vislumbro visitas guiadas ao novo monumento. Para as crianças filhas da terra, travessia com direito a t-shirt decorada com sorriso aberto, solidário e amigo.
Do tempo em que se ia edificando património que marcou uma época - e que mais tarde veio a ser reconhecido.
Do tempo em que serviu populações para troca de bens e comércio.
Do tempo em que foi travessia nos caminhos de Santiago.
Do tempo em que, contemporaneamente, se classificou como sendo património de interesse nacional.
Do tempo em que foi fruto de vandalismo.
Do tempo em que foi esquecido o seu valor histórico e cultural.
Do tempo em que as pedras deitadas ao rio choraram e reclamaram a sua reposição.
Do tempo do acordar e da sua justa recuperação.
Do tempo em que, salva em cuidados intensivos, se vê no tempo da capitulação final - a cadei(r)a eléctrica - que está aí, a breve prazo, imposta por cima.
Não há pesar que não dê em fartura, para aqueles que livremente dizem: não, obrigado ! consideramos que não há futuro sustentável se abdicarmos daquilo que são os nossos principais valores ambientais, históricos e culturais.
Já não há quem chore os defuntos!
Nova vida, pois então!
A ponte será trasladada e reposta algures - para a humanidade ver.
Que as coisas se querem no seu lugar é crença antiga. Que foi construida naquele lugar, foi por alguma razão; que o rio - naquela parte - que ela atravessa vai morrer afogado pela água da albufeira de Fridão; que não mais será o mesmo atravessar e que museu de cadáveres já temos, obrigado! ... eu sei.
Rio, ponte, capela, moinhos, açudes,... são património dos filhos da terra. Neste jogo entre espadas e copas houve muita batota. E além disso, nem tudo tem preço - ou não devia ter.
Para o futuro vislumbro visitas guiadas ao novo monumento. Para as crianças filhas da terra, travessia com direito a t-shirt decorada com sorriso aberto, solidário e amigo.
Alfredo Pinto Coelho, in O Basto - 12 de Fevereiro de 2011
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Mondim de Basto)
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Mondim de Basto)
1 comentário:
Estou certo caro Alfredo Pinto Coelho que será isso mesmo que irá acontecer a todos esse valioso património de Mondim, se a EDP levar a dela (e do Governo) avante. Isso mesmo disse eu em tempos ao ex-presidente da Câmara, ao sugerir-lhe, em ar de brincadeira, que desmontasse a ponte e a capela e as levasse para o jardim da vila que até tem um regato para recriar a anterior situação. Mal eu sabia que brincando falava a sério.
Um abraço solidário do amigo
Luís van Zeller de Macedo
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