Mexia - Um homem sem senso nem vergonha "Os meus vencimentos estão abaixo do que se paga lá fora"
António Mexia recebeu mais de 3 milhões de euros em 2009.
António Mexia defende que é fundamental manter a capacidade de os lugares públicos atraírem as melhores pessoas.
Em entrevista ao DN e à TSF para o programa ‘Gente que Conta', António Mexia sublinha que o montante de 3,1 milhões que a EDP lhe pagou em 2009 "tem uma forte componente de três anos": salário de 2009, a remuneração variável de 2009 e o prémio de três anos.
O presidente executivo da EDP explica ainda que "resulta exclusivamente daquilo que foi a capacidade de a companhia exceder os seus objectivos, mas no mercado internacional", sublinhando que, se dependesse exclusivamente do mercado nacional, o bónus - o prémio - teria sido nulo".
Além disso, "está muito abaixo daquilo que se paga lá fora", notou.
António Mexia revela ainda que as regras de remuneração na empresa tornaram-se, entretanto, "mais exigentes", com uma componente multianual maior, escusando-se a avançar mais detalhes. "Só gostaria que as pessoas, quando virem o resultado deste ano, e o bónus, dessem tanto destaque à sua redução como deram no ano passado", frisou, referindo-se à grande polémica que o seu vencimento de 2009 deu a nível nacional.
No mesmo comentário Mexia sublinhou ainda que a decisão dos prémios é dos accionistas. "É preciso que as pessoas tenham esta noção: [os prémios] não têm absolutamente nada a ver com o preço da electricidade", disse.
Questionado sobre as iniciativas políticas que visam baixar os salários dos gestores públicos, o presidente executivo da eléctrica nacional defendeu que "é absolutamente fundamental manter a capacidade de os lugares públicos atraírem as melhores pessoas para conseguirem melhores resultados - para o accionista, para os utilizadores, para os consumidores", ressalvando que "EDP é uma empresa privada, portanto não estamos a falar do caso da EDP".
in Económico - 6 de Fevereiro de 2011
1 comentário:
MEXIA - UM hOMEM SEM SENSO NEM VERGONHA
A vilania regorgita em cachão em garimpos galácticos adornados em fatos de marca, colarinhos brancos, botões de punho e objectos de alta gama, com plataforma giratória na Assembleia da República onde toma assento o legisgador e a falperra.
Os vilões também têm lugar no mundo, mas o mundo não foi feito para ser comandado pela ordem perversa por eles estabelecida. Até à escolha e à fidelização dos nossos representantes eleitos, resta-nos a denúncia como necessidade social vital de quem está no mundo sabendo da transitoriedade em que todos estamos com os pés assentes na lama destes senhores.
José Emanuel Queirós
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