quarta-feira, 28 de agosto de 2019

TÂMEGA - IBERDROLA: Iberdrola autorizada a abater mais de mil sobreiros para construir barragens no Tâmega










TÂMEGA - IBERDROLA

Iberdrola autorizada a abater mais de mil sobreiros para construir barragens no Tâmega



Elétrica espanhola recebeu "luz verde" do Governo para limpar 15 hectares de sobreiros que ficarão inundados por duas das três barragens do complexo hidroelétrico do Tâmega, devendo a replantação alcançar os 42 hectares

O Governo declarou a "imprescindível utilidade pública" das barragens do Alto Tâmega e Daivões, num despacho que permite à espanhola Iberdrola avançar com o abate de mais de um milhar de sobreiros para construir os empreendimentos hidroelétricos.
Serão, no total, 1145 sobreiros, dos quais 444 adultos e 701 jovens, de acordo com um despacho publicado terça-feira em "Diário da República", que lembra que na aprovação do empreendimento a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) determinou uma majoração de 20% nas medidas de compensação, isto é, na replantação de sobreiros na região.
Os sobreiros a abater ocupam uma área de cerca de 15 hectares que será inundada quando as barragens de Daivões e Alto Tâmega estiverem prontas.
O projeto de compensação da Iberdrola contempla a replantação daquela espécie em 42,3 hectares, localizados nos perímetros florestais do Barroso e de Cabreira.
Já no final de 2016 a Iberdrola tinha sido autorizada a abater 608 sobreiros para construir a barragem de Gouvães, que faz parte do mesmo complexo hidroelétrico no Alto Tâmega, um empreendimento com três centrais que explora, em cascata, o potencial hidroelétrico daquela região.
Este complexo hidroelétrico é o maior investimento energético em curso em Portugal. A Iberdrola investirá um total de 1,5 mil milhões de euros, devendo as obras estar concluídas até 2023.
As três barragens somarão uma potência de 1.158 megawatts (MW), uma capacidade próxima da que tem a central termoelétrica a carvão da EDP em Sines, que é o maior centro eletroprodutor do país, mas que terá de ser desativado o mais tardar até 2030, no âmbito dos compromissos do Estado português em matéria de descarbonização.
Miguel Prado, in Expresso - 28 de Agosto de 2019

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