terça-feira, 31 de janeiro de 2017

AMBIENTE - EROSÃO COSTEIRA: Construção de barragens contribui para a diminuição do areal das praias









AMBIENTE - EROSÃO COSTEIRA
Construção de barragens contribui para a diminuição do areal das praias

O armazenamento de sedimentos nas barragens, que anteriormente eram transportados pelo caudal dos rios até à sua foz e, consequentemente, até à linha de costa tem aumentado e é apontado por alguns especialistas como um dos vários fatores que contribuem para o problema.


É comum ouvirmos a população mais velha, que em tempos o areal nazareno era de maiores dimensões. Este servia para “estacionar” os barcos com a ajuda da força de bois – isto porque ainda não existia o porto de abrigo -, para as mulheres secarem o peixe e tanto no passado, como no presente, para os banhos de sol no decorrer da época balnear. Porém, de momento as coisas são diferentes, isto porque o areal da Nazaré tornou-se quase exclusivamente um ponto de atração turístico. No entanto à semelhança de outros, é vítima de alguns problemas que não são somente da responsabilidade do Homem mas também da própria natureza.

Praia da Nazaré (http://images.turismoenportugal.org/Praia-de-Nazare.jpg)
Os tempos mudaram e o mundo alterou-se, o que em tempos era encarado como um possível problema, hoje é uma realidade mas nada acontece por acaso. Comecemos por explorar a erosão costeira, um problema que ultimamente tem deixado marcas.
A erosão costeira é um processo que ocorre ao longo da linha de costa, atingindo promontórios, costões rochosos, falésias e praias. Esta erosão é provocada pela ação das águas do mar, que atua sobre os materiais presentes no litoral modificando-os através da sua ação química e da sua ação mecânica, que quando se torna mais severa e tem uma duração maior, torna-se uma ameaça para as áreas de interesse socioeconômico e ecológico.
Outra das causas que podemos referir são as diversas barragens espalhadas pelo nosso país que têm contribuído para o aumento da diminuição das praias. Como sabemos as barragens são uma aposta relativamente recente no nosso país, e que de facto nos trazem muitas vantagens, entre elas a regulação do caudal dos rios durante todo o ano, sendo ainda utilizadas para gerar energia a partir de uma fonte limpa, renovável e sem emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, gerando empregos, entre outros fatores.
No entanto, estas apresentam uma grande desvantagem relacionada com a questão do armazenamento de areias, que tanta falta fazem nas praias, isto porque segundo Bordalo de Sá, em declarações à Lusa se estima “que a quantidade de areia transportada era na ordem dos dois milhões de toneladas por ano e agora, 60 anos depois, o caudal sólido está reduzido a 250 mil toneladas” (12 de Maio de 2013 Jornal Público).
Tendo em conta aspetos mais naturais, a diminuição da quantidade de areia nas praias pode estar relacionada com a subida do nível das águas do mar, pois vivemos num mundo onde os problemas ambientais são cada vez maiores, nomeadamente o aumento progressivo do buraco na camada de ozono que por sua vez faz diminuir a camada que protege a terra da radiação solar, o que aumenta os níveis da temperatura contribuindo assim para o derretimento de calotas polares que vão causar o aumento da quantidade de água nos mares.
Estes são alguns elementos que contribuem, não só para a diminuição do areal nazareno, como também de todas as outras praias existentes, e que segundo dados publicados pelo Jornal Público no dia 12 de Maio de 2013, colocam “60% da linha de costa do Norte do país (…) em risco por falta de areia (…)” além de “ (…) 52% da costa na zona centro. Bordalo e Sá alerta que “algumas praias podem desaparecer (…)” sendo os casos do “Algarve e no Alentejo o problema (…) maior.”
Bárbara Araújo (Externato Dom Fuas Roupinho), in Jovens Repórteres para o Ambiente - 31 de Janeiro de 2017

sábado, 21 de janeiro de 2017

UTAD (VILA REAL) - AULA ABERTA: APROPRIAÇÃO E MERCANTILIZAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E SERVIÇOS DOS ECOSSISTEMAS: UMA (FALSA) SOLUÇÃO?


UTAD (VILA REAL) - AULA ABERTA
APROPRIAÇÃO E MERCANTILIZAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E SERVIÇOS DOS ECOSSISTEMAS: UMA (FALSA) SOLUÇÃO?



 
Profª. Doutora Lívia Madureira, Curso de Doutoramento (3.º Ciclo) em Desenvolvimento, Sociedades e Territórios - UTAD (Vila Real) - 21 de Janeiro de 2017